quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Poder das palavras


Quantas e quantas vezes me vi bloqueada por algum medo, totalmente travada pensando nas críticas que outros poderiam me fazer, calada para não correr o risco de ser agredida com palavras de colegas? 
Esses e tantos outros comportamentos se originam desde a época da infância, quando pessoas que convivem conosco, muitas vezes no intuito de "corrigir" determinam o que somos por meio de repressões ou palavras negativas mediante nossas ações, sem nem perceber os prejuízos que essa carga de negatividade pode ocasionar na personalidade de quem recebe. 

Estava lendo, por curiosidade, sobre os prejuízos da abordagem negativa e me deparei com essa historinha que traz reflexões bem significativas sobre o tema:
 
Um garotinho amante de circos , durante um espetáculo em sua cidade, notou que de todos os animais envolvidos nas apresentações, o elefante era o que mais lhe chamava a atenção. 
Enorme, fazia uma demonstração de peso, tamanho e força descomunais! 
Mas percebeu que depois de sua apresentação e até pouco antes de voltar ao picadeiro, o elefante ficava amarrado por uma das patas com uma corrente presa numa pequena estaca cravada no chão. 
A estaca era um minúsculo pedaço de madeira enterrado uns poucos centímetros no solo e, embora a corrente fosse grossa e resistente, era óbvio que esse imponente animal poderia fugir facilmente, puxando o pedaço de madeira do chão.
O garotinho perguntou então aos adultos: “Por que um elefante tão forte não escapa dessa estaca tão frágil?” 
E eles responderam: “O elefante do circo não foge porque sempre esteve preso a uma estaca parecida a essa desde que era muito, muito pequeno, quando o pedaço de madeira fincado no chão ainda era muito forte para ele. 
Não que não tivesse tentado escapar. Tentou muitas e muitas vezes, até que um dia, um terrível dia para a sua história, o animal aceitou sua impotência e resignou-se ao seu destino. 
Esse enorme e poderoso elefante que vemos no circo não escapa porque acha – coitado – que NÃO PODE. 
Ele tem o registro e a lembrança da sua impotência, daquela impotência que sentiu logo depois de nascer. E o pior de tudo é que nunca mais voltou a questionar seriamente esse registro. Jamais, jamais tentou pôr sua força outra vez à prova.”

Metaforicamente, bem isso pode acontecer conosco... de tanto ouvir na infância que não somos capazes, quando adultos, na maioria das vezes nem experimentamos sair do lugar. E assim como o elefante, não temos noção do tamanho de nossa força.

Confesso que ainda estou lutando contra os medos, mas só em reconhecer que não é real já é um bom começo! 😉


Abraços
Carla Camuso

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